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Setembro Amarelo

# Setembro Amarelo

Uma ilustração inspirada em Edward Hopper.

( Ontem tive uma assistente a minha cachorrinha )
Qualquer hora vou ensiná-la a pintar…

Bom, voltando ao assunto!

Sempre faço uma ilustração para o Setembro Amarelo e fico refletindo sobre a importância de cuidar da saúde mental.

Em 2014, eu enfrentava crises de ansiedade que me levaram a parar no hospital.

Desde então, muita coisa mudou: nunca mais deixei de fazer terapia e até procurei ajuda médica.

Acredito que é fundamental falar sobre esse tema. Já vi meninas jovens tirarem a própria vida, o que considero extremamente triste.

Por isso, faça terapia e sempre procure ajuda. A terapia é vida, como diz uma cantora que admiro muito.

Atualmente, tenho uma excelente psicóloga, @psi.kafioravante, e uma ótima médica.

Decidi escrever e desenhar sobre isso porque considero o assunto muito importante.

Infelizmente, na pandemia, o número de suicídios e casos de ansiedade e depressão aumentou.

O Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria.

**A Menina Triste**

**A Menina Triste**

“As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes.”
— O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

E assim vamos construindo um tempo, criando pontes nas telas do computador.

Corremos o risco de chorar um pouco quando nos deixamos cativar.
— O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry

Cativar o outro pela tela, cada um no seu planeta, com a sua flor…

É tempo de cativar a infância durante a quarentena. Os livros se transformam em pontes, e

as pontes se tornam telas. Cadernos tão tristes e brinquedos permanecem lá, na prateada

memória do tempo que gira. Lá fora, há um vírus; amigos podem partir, o tempo pode se

esgotar, mas as palavras não. O livro permanece, há vida atrás dos muros de nossas casas.

A vida está nos livros, e há uma história a ser lida…

**Remédio para a Alma**

**Remédio para a Alma**

**Indicações:**

– Para aliviar as dores do mundo

– Para proporcionar mais leveza

– Para promover uma respiração tranquila

– Para cultivar o amor-próprio

– Para facilitar a aceitação pessoal

– Para desenvolver a compaixão

– Para fomentar empatia consigo e com os outros

– Para fortalecer a coragem

– Para aprender a perdoar

– Para perdoar a si mesmo e aos outros

**Modo de uso:**

– Tomar três gotas pela manhã

– Tomar duas gotas à noite

**Contraindicações:**

– Para pessoas que são difíceis de lidar, aquelas que nem o tempo consegue melhorar

– Para aqueles que não desejam mudança

**Composição:**

– 100 gramas de muito amor

– 200 gramas de perdão

– 300 gramas de aceitação

– 400 gramas de esperança

 

Poesias e girassóis….

**As palavras que voam pelo ar!

Que vão correndo,

Poesias e girassóis,

Horas que fluem suavemente ao som do tempo!

O tempo dança na serenidade das horas!

O girassol a brilhar,

A menina a pular.

1, 2, 3, cadê o girassol?

Ele está ali, a observar a menina a saltar!

Na dança das palavras,

Na dança das horas,

No som da vida,

A bordar e a pular,

Saltando entre as palavras,

Palavras que transformam,

A pular pela vida,

Palavras que voam pelo ar!**

 

**Eu sou aceitação**

**Eu sou aceitação**

Eu me aceito.

Eu sou aceitação.

Já briguei com ela algumas vezes—com a aceitação.

Mas agora estamos em harmonia.

Caminhamos de mãos dadas

Pelos campos floridos da vida.

Andamos entre flores, mares e estradas internas,

Construídas por cada retalho deste grande mosaico

Que eu sou.

Eu me aceito,

Assim como sou, com meus cabelos castanhos lisos e meus inúmeros óculos,

Para enxergar o mundo de maneira mais clara. Falo isso de forma figurativa,

Porque, no sentido abstrato, eu vejo com o coração.

Eu me aceito assim, com o pé um pouquinho voltado para dentro.

Não havia um jogador assim,

Então por que não uma bailarina?

A arte da sapatilha,

A arte da bola,

A arte da vida,

A arte da transformação,

A arte da aceitação.

A arte de se aceitar.

Aceitar nossa pintura refletida no espelho,

O profundo da alma.

A alma que se aceita no acender da luz mais pura do nosso ser mais íntimo.

Os segredos da alma.

Eu sou aceitação.

**Maria do Rosário**

**Maria do Rosário**

Maria, como Nossa Senhora,

Rosário, como uma rosa.

Pequena em tamanho,

Mas enorme em coragem.

Dona do gato Mimi

E de uma voz doce,

Ela gostava de cantar “Beijinho Doce”.

Proprietária de um aparelho de rádio,

Que às quatro da manhã já tocava uma moda sertaneja.

Nascida em Laranjeiras do Sul,

Cidade de céu azul,

Filha de um senhor polonês.

Branquinha e magrinha,

Era conhecida como Dona Pequenina.

Costurava vestidos de faixinha

Para suas pequenas filhas,

E o céu azul tinha a suavidade de sua voz doce,

Do “Beijinho Doce”.

Acompanhada pela sanfona do marido, Jorge,

Notas suaves preenchiam o ar,

Enquanto o café sempre quentinho

Descansava no bule azul.

Um dia, Maria do Rosário se foi…

Comendo uma maçã.

Eu não a conheci,

Mas sua história passa de geração para geração.

Esta história poderia estar escrita

Em um papel de carta bem bonito.

 

 

 

 

São Paulo

São Paulo…..

Sampa terra da garoa. Terra de Ipê amarelos e roxos …Da avenida paulista que nunca para. Da vida que corre sempre no ritmo frenético. Seus prédios com suas janelas a iluminar a noite. Que às vezes até tem estrelas se olhamos bem! Sampa do (Ibirapuera) e seus patinhos Do (grafite) colorido com sua bailarina. A dança da cidade que nunca dorme! Uma dança entre cores das luzes dos prédios e dos faróis dos caros a brilhar! Dos patinhos a nadar Das orquestras que tocam sua música na sala São Paulo, da bailarina que ensaia no palco do municipal, da feira com suas frutas de todas as cores e seu pastel quentinho. Do café da casa das rosas, as rosas que dão um perfume diferente a, mas paulista das avenidas! A mesma avenida que abriga pinturas das meninas de rosa e azul e de outros mestres das pinturas, das esculturas das bailarinas a olhar o movimento da dança lá em baixo como uma grande Coreografia com corações batendo no ritmo paulista de ser! Pelos palcos de artistas anônimos, mas que fazem a cidade a dançar e que constroem um pouco, mas desta história a cada dia! Histórias feitas de marias de Tarsila de rosas e de ipês-amarelos, história feita de gente de verdade e de luzes de muita esperança sempre, por que sempre terá os patinhos a nadar o pastel quentinho, a música a tocar, a bailarina a dançar, o coração a bater, e alguma Tarsila ou Anita por aí a pintar o nosso ritmo paulistano de ser! Eu paulista de um bairro paulista até no nome Desejo a você a minha cidade, parabéns da Gabriela que herdou o nome de Jorge amado, mas que tem as cores de São Paulo na alma porque  São Paulo é isto uma mistura de cores, danças, sons, e dias melhores vão chegar

Gosto da simplicidade

Gosto da simplicidade
De andar descalça
De andar de chinelos de borboletas
De tomar um café quente
De abrir geladeira e pegar uma água de coco
De bordar e desenhar no chão
De olhar as cores da casa
De olhar o céu pela sacada
De comer uma coxinha
Ou um doce qualquer
Gosto de ficar olhando o caminho das manchas no papel de aquarela
Gosto de assistir qualquer desenho da Disney
Mas gosto também de filosofia
De livros infantis
De livros que nós tragam ensinamentos para vida
Gosto de cor de rosa
E de vermelho também
E do Azul  a cor do céu e do mar
Gosto de bordar a minha  vida
Gosto de bordar histórias
Gosto de histórias de escutar histórias de vida
Vida que nestes tempos ficaram tão por meios  fios
Gosto de dar presentes
Gosto de olhar a ti , só olhar para ter certeza que ela sempre está por perto
Gosto de pintar flores
Gosto de flores
Gosto de dançar
E gosto do cheiro do café e do  cheiro cloro por que me lembra a piscina da natação
Gosto de olhar a ti e suas orquídeas
Gosto de uma música boa !
Das notas calmas !
Gosto de olhar as minhas santinhas lá do quarto
Meu altar particular
De olhar os quadros coloridos do corredor
Mas gosto mesmo de andar descalça

santinha

Era uma vez uma santinha
Era uma vez um 13 de maio
De um tempo sem pandemia
A santinha lá a abençoar a cada um
Tempo onde podíamos ir e vir
Sem preocupação com vírus
Mas estava lá a santinha
Escutando nossos problemas
Problemas que na pandemia se juntaram com outros , ah minha santinha do 13 de maio frio como sempre!
Eu aprendi tanto , temos que ser forte , escutar os outros com amor
Tentar levar a esperança mesmo que seja difícil
Para mim o começo foi muito difícil o medo de ter uma crise no meio da pandemia me deixava meio nas nuvens ! O medo da ti ter alguma coisa … mas fui caminhando , pela arte a arte me salvou .se tive ansiedade? sim , mas sempre que me sentia mas ansiosa eu pegava as minhas agulhas e ia de ponto em ponto como a batida do coração
Problema sim tiveram, perda também teve , e não pode haver despedida, mas tive que ser forte para enfrentar a saudade , não só de quem se foi mas de quem está perto mas ao mesmo tempo longe
Era uma vez uma santinha
Era uma vez a esperança , espero que está vacina seja uma luz , que possamos nos abraçar e andar apreciando o que antes não olhávamos
Deixar o celular de lado e prestar atenção nas pessoas , nas flores , nos pássaros , nos sons da cidade , nas cores , e de fé em fé vamos e sei que a minha santinha do 13 de maio estará lá a escutar sempre os meus problemas e ajudar a seguir, a virgem do silêncio, clareia sempre o nosso coração cansado que vai de fé em fé a escutar a nossa prece !
Em resumo a fé e a arte salvam
Feliz 2021 com a vacina
( obs o texto era só para ser uma resposta a questionamento próprios )