**São Paulo, 23 de março de 2020**
A guerra começou lá fora, e o inimigo é um ser invisível.
Ele tem cor?
Não sei, acho que não…
Mas ele nos prendeu em casa.
Estamos aqui.
Aqui parece ser a torre do castelo mais alto de alguma floresta da Idade Média.
Sinto que estou à espera do cavalo branco para libertar meu eu físico.
Porém, meu eu interior já foi libertado; há um tempo, durante esta guerra contra o inimigo,
meu eu interno foi libertado pelas palavras, pelas cores, pelas linhas.
O mundo se apresenta escrito e colorido de uma maneira diferente, repleto de vida
interior, pois minha alma pulsa pela vida…
