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**Canto de um Povo**

**Canto de um Povo**

Todo dia o sol se levanta,

No fim da tarde, a gente chora.

A beleza do tempo,

A canção que toca na alma;

Alma que se ergue,

No ocaso do dia, a gente chora,

Chora como o último fio de sol,

Entrando pela janela,

A hora da saudade

Que faz a gente chorar.

Todo dia o sol se levanta,

E a lágrima seca

Até o fim da tarde.

O canto de um povo,

O canto da alma.

**Partir** **Partiu**

**Partir**
**Partiu**
Hoje partiu uma jornalista que tinha o nome da minha mãe, mas na ordem trocada, com

“Maria” atrás de “Glória”. Quando eu era adolescente, sonhava em ser jornalista, talvez

para escrever sobre as dores do mundo. Eu imaginava que trabalhar com jornalismo seria

algo meio Clarice, a Clarice da “Hora das Estrelas”, a hora de partir. Sim, um dia vamos, e

sobra a máquina de escrever com o texto pela metade, a carta que não foi ao correio, a

sapatilha sem pés para dançar, os óculos de natação esperando no seu canto…

Um dia, todos viram estrelas. Eu queria me transformar em sereia e nadar mar afora…

É “Glória” com “Maria” atrás ou na frente? Precisamos quebrar padrões, usar o que

queremos, ser agentes de nós mesmas. Essa história de permanecer enclausurada em caixinhas não dá.

Mas, afinal, o que são padrões? Glória é força feminina…

Minha avó paterna foi a primeira a partir em um dia de chuva. Ela me chamava de passarinho, e vó, a senhora estava certa; sempre gostei de voar na imaginação.

Sobre meu padrinho, sei pouco, mas lembro que ele gostava de Nossa Senhora de Guadalupe, a Nossa Senhora de roupa colorida e flores, tão popular no México…

Também vão os pássaros.

Os avós de olhos azuis e os padrinhos.

E se vão a professora de pintura.

A jornalista, a “Gal” da minha música.

E lá se vão as histórias escritas na máquina de escrever do meu avô materno, que faleceu

no mesmo dia da minha avó paterna, no mesmo 19 de agosto, só que dez anos depois.

Meu avô, um professor…
.

 

 

A menina do rosto azul como uma pintura de Picasso…

**Menina que se vê no espelho, a imagem refletida.

O ato de se ver,

de ser vista por fora, à procura do eu interior.**

**Do nosso próprio ser,

o ser que existe dentro de nós,

aquela luz que nunca se apaga.

A menina do rosto azul como uma pintura de Picasso,

a menina adornada por flores e cores,

em busca da sua luz interior.**

**O olhar,

a luz,

a luz que brilha de dentro,

a luz que conta a história de uma vida.

Uma vida narrada por cada estrela do caminho,

em dias mais brilhantes, em outros mais escuros,

mas sempre presente.**

Nada mudou

mudaram as estações , mas está  tudo assim , tão igual

nada mudou , mas sei que alguma coisa mudou

esta assim tudo diferente

agora tanto faz ….

estamos indo de volta para casa

ou melhor ainda estamos em casa

Desistir nem pensar ….

em casa  em outras estações

mesmo que seja tudo tão igual

ainda que faça sol ou chuva

em casa com sonho de dias melhor

por que há flores pelo caminho

e as flores de plástico não morrem ….

e o meu coração ainda faz  Turo Turo por dias melhores

por que na primavera há calmaria

e tudo vai passar

por que as Rosas de plástico não morrem

e estamos indo de volta para casa

Desistir nem pensar