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**Dias de sol

**Dias de sol**

Dias de céu azul…

vento gelado, mar gelado, piscina gelada—tudo é gelado: o chuveiro e o sorvete também.
O pôr do sol laranja,

a lua brilhando.

A pracinha cheia de crianças,

a balança que vai e vem como o mar.

A Nenê, minha cachorrinha,

corre como um pequeno cavalinho.

A amarelinha lá embaixo e o pipoqueiro.

O TikTok—talvez uma coisa de adolescentes?

Por que não postar meu trabalho lá e fazer uma conta para a Nenê?

A blusa de frio da Branca de Neve,

a vida que flui.

Uma semana na praia com você e a Nenê foi maravilhosa!

O gelado do mar,

O sorvete de chocolate.

A Nenê debaixo das cobertas,

os ossos espalhados pelo caminho.

Novas histórias escritas no computador,

as asas da borboleta nas cores do céu.

O vermelho do inverno,

o mar que ora é verde, ora é azul,
e o vento frio.

A borboleta na piscina com o azul ao fundo,

as árvores verdes à beira da praia.

A vida que segue,

como as ondas do mar.

Caminhar

O novo caminhar

Novos desejos de novas cores.

O vermelho, o verde , o azul

As cores que vão como uma onda.

Ganhando vida

o pulsar do  vermelho, o verde, o azul

As cores que vão como uma onda.

A água do mar

O mar que este ano foi uma grande mudança no meu caminhar

As luzes a brilharem lá no fundo da paisagem

os navios a levarem sonhos diversos

e eu aqui na janela a olhar,

a pensar em paginas em branco,

a pensar em novas cores para uma nova tela,

como paginas em branco de um caderno.

como uma fotografia ainda não revelada

Uma quarentena teria 40 dias ?

Uma quarentena teria 40 dias ?

Será ?

A minha teve quase dois anos 

Pouco sair neste tempo todo 

Os detalhes da casa foram ficando mas presentes 

Detalhes…. coisas miúdas que as vezes passam em branco 

Nos dias de céu azul e correria de São Paulo

Detalhes …. memórias de tempos que foi  …

porem ainda  fazem parte do nosso dia a dia 

As santinhas de tantos nomes Rita , Terezinha

As nossas senhoras aparecida, Nazaré , Fátima  

Por que é de fé em fé  de sonho e de pó 

As bonecas do frozen … livre estou… como se fala no filme

Mesmo aqui ,  no mesmo lugar 

Livre com os meus bordados 

Com linha e agulhas 

Com pincéis e tinta 

Com as flores de caminho ou melhor com as flores de casa 

Orquidias de muitas cores 

Álcool gel para todos os lados  e máscaras coloridas 

Novos tempos, novos acessórios 

A caminha rosa da cachorrinha que não para pela casa 

A vida que vai passando entre um ifood e outro 

As aulas on line , a arteterapia , os estágios 

A terapia ,

a vida a caminhar entre quatro paredes mas aqui tem um pouquinho mas eu acho 

Os pássaros a cantar nas árvores 

A cachorrinha a correr 

O tempo que não para 

O tempo que vai no ritmo do bater do coração

Novas ideias , bordados que falam da pandemia, que falam de rios de mapas , de memórias,  

Detalhes cada um com sua histórias 

Ursinhos de alguma viagem para o outro lado do oceano 

Oceano que vai em vem 

Detalhes o violão parado no canto 

O violão que só sabe tomar com uma de um certo padre do interior 

A máquina de costura parada em outro canto da casa 

textos e mas textos escrito no meu caderno florido 

Estrelas do céu a bilhar 

O mundo que gira como uma roda gigante 

A tv a mostrar as histórias de uma pandemia sem fim 

Agora há uma luz 

A luz a bilhar 

As aulas on line

o Ballet on line a vida que dança 

A aquarela on line as cores e suas manchas 

Cores que foram colorindo dias de isolamento 

Cores , palavras , linhas , tecidos 

Um universo inteiro criado dentro de casa 

Casa meu pequeno laboratório de criatividade 

Os detalhes estão aqui e ali a acompanhar os meu pincéis e as minhas agulhas 

Estrelas não há por hoje

**Estou aqui a olhar o mar.**

Ele vem e vai.

Estrelas não há por hoje,

apenas algumas luzes a brilhar lá no fundo,

dos navios que esperam para entrar no porto.

A vida segue no ritmo das ondas.

Fico aqui pensando nas vidas que se foram,

especialmente nesta semana.

Artistas jovens com uma carreira pela frente.

Confesso que pouco sei do sertanejo atual;

pouco escutei, mas me entristece ver uma menina tão jovem

se tornando estrela. Dizem que ela era a rainha da sofrência.

Eu também sabia bem pouco sobre Jaider Esbell até outro dia,

mas, há um tempo, venho prestando mais atenção na arte indígena.

Não sou estudiosa do assunto, mas sou admiradora.

É uma arte tão brasileira, tão rica.

Confesso que comecei a seguir Esbell há pouco tempo,

depois do início da Bienal. Assisti às lives dele,

e um dia ele começou a me seguir no Instagram.

Para mim, isso foi melhor que ter 500 mil seguidores!

Fiquei feliz por um artista que admiro ter me seguido.

Esta semana, ele também se tornou estrela.

Ainda perdemos um grande músico e uma das damas da dança,

que me ajudou tanto no meu TCC.de fotografia

O que fica disso tudo é o amor à arte.

A arte nunca morre;

fica a certeza de que a vida é uma onda.

Enquanto escrevo, o mar vai e volta:

horas calmo, horas agitado.

Estrelas agora não há, já amanheceu;

brilha o sol, e o céu azul ao fundo.

A vida está aqui, e é para agora.

Hoje é dia 10 de setembro!

**Amanhã é dia 11 de setembro.**

Amanhã…

Hoje é dia 10 de setembro!

Se alguém me perguntasse o que eu estava fazendo no dia 11 de setembro há vinte anos,

eu saberia responder. Mas, se me perguntassem sobre o dia 10 de setembro daquele

mesmo ano, também saberia! Lembro até da roupa que estava usando, graças à minha

memória fotográfica.

Estava no aniversário da minha avó, em uma pizzaria de Moema.

Os anos se passaram, mas a mesma pizzaria continuou fazendo parte da minha vida.

Hoje, sei que não terá pizza nem bolo, mas espero que este texto chegue a ela de alguma forma.

Vale a pena uma homenagem! Minha avó me ensinou a escrever, confeccionou uma

roupinha de bailarina para mim e me ensinou a apreciar café, groselha e biscoito de

maisena. Tem coisa melhor que isso? Obrigada, vó! Da sua única neta menina. (Está faltando meninas nesta família!)

Eu estava aguardando o dia 10 para escrever, expressar-me através de cada palavra e lembrar que, de alguma forma, continuo aqui!

**Era uma vez uma infância**

**Era uma vez uma infância**

Era uma vez uma infância que ficou registrada na memória, entre o pé de amora e o

parquinho de pedras brancas.

Por onde passava a minha bicicleta rosa, havia espaço para correr.

Mas eu não sabia correr… e ainda não sei.

No entanto, sabia voar.

Voava na minha imaginação, pedalando pelas pedras brancas com a bicicleta rosa.

Neste final de semana, tentei correr novamente no parquinho de pedras brancas,

acompanhada de um cachorrinho de plástico perdido – uma cena que parecia ter saído de

um quadro de Edward Hopper.

Um cachorrinho de plástico, da nova geração, os atuais habitantes do meu parquinho da infância,

que neste final de semana tinha novos pequenos:

os pequeninos da tia Abi – ou melhor, agora tia Gabi.

Ainda não sei correr,

mas sei voar na imaginação.

E foi como se um dia valesse por um ano inteiro.

Não importa se a pandemia nos separou;

a ligação sempre estará lá,

com os meus pequenos habitantes do parquinho e do meu coração.

Como foi bom balançar com vocês!

Ops, a tia Gabi não entra na balança,

Ela ainda gosta  bicicleta rosa.

Ela ainda não sabe correr,

mas sabe voar na imaginação com vocês.

Sabe sobre o pé de amora, sobre dinossauros e sobre Legos coloridos.

E sabe amar e voar!

 

O céu da Barra funda

 

uma ilustração minha do ano passado , sim a barra funda , meu avô foi criado na barra funda , mas não era para falar da barra funda era para falar do céu da barra funda , sim o céu azul da barra funda , era para falar sobre a banca de revista do bairro vizinho Santa Cecília , da praça de Santa Cecília, do robert cappa ou Henri Cartier-Bresson do passeio da pinacoteca até a praça de Santa Cecília a pé com a máquina na mão e fotografando o caminho… quem vai pensar em violência quando se anda com o João Bittar não dava né era impossível mostrar medo ao olhar do mestre … ah João que saudades eu fiquei assistindo uma aula sobre a história da fotografia… agora ele estaria fotografando as ruas sem ninguém em Santa Cecília ou aquela moça que passa lá em baixo com sua máscara colorida… a última mensagem que ele deixou para mim no Facebook falava do céu da barra funda ! É eu tive muita sorte João de ter sido sua aluna ,e por que uma homenagem agora por que eu vi uma foto do cappa na aula de história da fotografia….. e não aguentei.