**Estou aqui a olhar o mar.**
Ele vem e vai.
Estrelas não há por hoje,
apenas algumas luzes a brilhar lá no fundo,
dos navios que esperam para entrar no porto.
A vida segue no ritmo das ondas.
Fico aqui pensando nas vidas que se foram,
especialmente nesta semana.
Artistas jovens com uma carreira pela frente.
Confesso que pouco sei do sertanejo atual;
pouco escutei, mas me entristece ver uma menina tão jovem
se tornando estrela. Dizem que ela era a rainha da sofrência.
Eu também sabia bem pouco sobre Jaider Esbell até outro dia,
mas, há um tempo, venho prestando mais atenção na arte indígena.
Não sou estudiosa do assunto, mas sou admiradora.
É uma arte tão brasileira, tão rica.
Confesso que comecei a seguir Esbell há pouco tempo,
depois do início da Bienal. Assisti às lives dele,
e um dia ele começou a me seguir no Instagram.
Para mim, isso foi melhor que ter 500 mil seguidores!
Fiquei feliz por um artista que admiro ter me seguido.
Esta semana, ele também se tornou estrela.
Ainda perdemos um grande músico e uma das damas da dança,
que me ajudou tanto no meu TCC.de fotografia
O que fica disso tudo é o amor à arte.
A arte nunca morre;
fica a certeza de que a vida é uma onda.
Enquanto escrevo, o mar vai e volta:
horas calmo, horas agitado.
Estrelas agora não há, já amanheceu;
brilha o sol, e o céu azul ao fundo.
A vida está aqui, e é para agora.