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**Eu sou aceitação**

**Eu sou aceitação**

Eu me aceito.

Eu sou aceitação.

Já briguei com ela algumas vezes—com a aceitação.

Mas agora estamos em harmonia.

Caminhamos de mãos dadas

Pelos campos floridos da vida.

Andamos entre flores, mares e estradas internas,

Construídas por cada retalho deste grande mosaico

Que eu sou.

Eu me aceito,

Assim como sou, com meus cabelos castanhos lisos e meus inúmeros óculos,

Para enxergar o mundo de maneira mais clara. Falo isso de forma figurativa,

Porque, no sentido abstrato, eu vejo com o coração.

Eu me aceito assim, com o pé um pouquinho voltado para dentro.

Não havia um jogador assim,

Então por que não uma bailarina?

A arte da sapatilha,

A arte da bola,

A arte da vida,

A arte da transformação,

A arte da aceitação.

A arte de se aceitar.

Aceitar nossa pintura refletida no espelho,

O profundo da alma.

A alma que se aceita no acender da luz mais pura do nosso ser mais íntimo.

Os segredos da alma.

Eu sou aceitação.

**Se a minha vida fosse uma música?**

**Se a minha vida fosse uma música?**

E se a minha vida fosse uma dança?

Como eu seria?

As estrelas…

Se a minha alma fosse música?

Ela seria como estrelas que flutuam pelo ar, pela terra…

O brilho das estrelas que dançam pelo espaço, a luz que nos orienta,

Que nos move…

Pelos movimentos que fluem através das luzes das estrelas.

Se minha alma cantasse?

Ela seria uma luz a brilhar, iluminando caminhos nunca antes percorridos.

O percurso da alma em busca de nossos sonhos, escondidos na luz interior.

A nossa luz a nos guiar…

Era uma vez um planeta chamado Terra….

Era uma vez um planeta chamado Terra.

Muita gente mora lá, e eu também. Ele é dividido em muitos países. Eu moro em um deles,

um país tropical, bonito por natureza, mas que atualmente enfrenta muitos problemas.

Voltando a falar do planeta Terra, era carnaval no meu país, e começava a chegar um vírus

de outra parte do mundo, lá pelo lado do Oriente, que fica bem longe do meu país, que é

lindo por natureza, mas repleto de desafios. O vírus mudou tudo; tivemos que nos adaptar

e fazer tudo dentro de casa.

Mas a esperança estava lá, escondida no bater do coração, na lembrança da infância, para

que nunca possamos perder a fantasia. A esperança estava em cada flor, nas aulas de

ballet online. Ela estava aqui e ali, esperando dias de mais alegria para o meu planeta.

Sim, não sou o Pequeno Príncipe; reparto meu planeta com muita gente. Afinal, a

companhia e o amor fazem parte dos seres humanos que habitam este pequeno planeta

azul, que faz parte de um grande sistema solar… ou seria um pequeno sistema solar? Bom,

isso já não sei.

Sei que estou aqui, esperando a esperança.

Terra, planeta da água.

Terra, planeta da esperança.

Coração

**Os Olhos**

O olhar azul como o céu,

que me ensina a perceber cada detalhe da vida.

O cabelo, penteado todos os dias com uma escova da Hello Kitty,

representa o rosa da vida.

**O Sentir**

O que reside lá dentro,

às vezes guardado em uma caixinha de música,

com as mais lindas bailarinas.

O coração bate no ritmo da arte, sorrindo.

Um olhar gentil e sereno,

que dispersa o nervosismo

e esconde o choro sob o sorriso da vida.

Que caminha ao som da mais bonita melodia,

vinda do pulsar do coração…

 

 

**Era uma vez uma infância**

**Era uma vez uma infância**

Era uma vez uma infância que ficou registrada na memória, entre o pé de amora e o

parquinho de pedras brancas.

Por onde passava a minha bicicleta rosa, havia espaço para correr.

Mas eu não sabia correr… e ainda não sei.

No entanto, sabia voar.

Voava na minha imaginação, pedalando pelas pedras brancas com a bicicleta rosa.

Neste final de semana, tentei correr novamente no parquinho de pedras brancas,

acompanhada de um cachorrinho de plástico perdido – uma cena que parecia ter saído de

um quadro de Edward Hopper.

Um cachorrinho de plástico, da nova geração, os atuais habitantes do meu parquinho da infância,

que neste final de semana tinha novos pequenos:

os pequeninos da tia Abi – ou melhor, agora tia Gabi.

Ainda não sei correr,

mas sei voar na imaginação.

E foi como se um dia valesse por um ano inteiro.

Não importa se a pandemia nos separou;

a ligação sempre estará lá,

com os meus pequenos habitantes do parquinho e do meu coração.

Como foi bom balançar com vocês!

Ops, a tia Gabi não entra na balança,

Ela ainda gosta  bicicleta rosa.

Ela ainda não sabe correr,

mas sabe voar na imaginação com vocês.

Sabe sobre o pé de amora, sobre dinossauros e sobre Legos coloridos.

E sabe amar e voar!

 

Mulheres

Mulheres de todas as cores

São belas mas sentem suas dores

Mulher que sabe lutar

Mulher que sabe rezar

Que pode ter cabelo rosa e ser frágil

Que pode ter cabelos azul e ser forte

Que pode ter cabelo roxo e ser alegre

Que pode ter cabelo laranja e ser triste

Mulher que sabe rezar

Mulher que sabe lutar

Mulher que sabe ser forte no momento de dor l

Que da luta faz sua arte

E assim sou feita de várias mulheres com muitas histórias coladas neste álbum de

figurinhas com retratos de todas as mulheres que pintei até aqui

 

Onde vamos parar?

“Uma ilustração do começo da pandemia, baseada em uma foto de Alice Venturi, registrou

um evento em Aparecida, a cidade da minha santinha. Esta semana, fiquei muito triste

com a situação em Aparecida. Em busca de formas de ajudar, soube que a população está

passando fome, assim como em várias partes do Brasil, onde já estamos perdendo cerca

de 3 mil vidas por dia. É uma realidade difícil de compreender, especialmente para o padre

Fábio, que hoje perdeu sua mãe, dona Ana, mais uma vítima entre tantas outras: Anas,

Marias, Josés… Até onde vamos parar?

E ainda há quem diga que está cansado de ficar em casa! Como assim? Fazendo festas

enquanto 3 mil vidas se vão a cada dia! A minha resposta a essa pergunta diz tudo: não

estou cansada! Preciso me proteger e proteger aqueles que amo! Nesta semana, o que

mais escutei nas minhas aulas online foram relatos sobre familiares internados. É

realmente muito triste. Desejo força a cada um e que Nossa Senhora nos proteja… e

também nos proteja deste governo! Fiquem em casa! Tenho fé de que o sol ainda brilhará

intensamente. Muita fé sempre.”

Razão / Emoção

Razão  – a moça de cabelo azul

Razão  é aquela coisa que sempre perco fácil

e fico procurando quem sabe ela foi logo ai …..

quem sabe ela esta em alguma montanha com o céu azul

Emoção

esta mora dentro de mim

sempre morou

sempre fui cem por cento emoção

a moça de rosto amarelo

com os olhos brilhantes

a emoção não mora longe

ela mora logo ali

escutando o batimento do meu coração

Dia a Dia

Série  dia a dia 

retratos da vida 

Vida transformada em cores 

Cores da vida 

Momentos especiais 

Momentos eternizados nas cores 

Desenhos para comemorar datas especiais 

Aniversário de amigas 

Aniversário de cidades 

Apresentações de Ballet os passos nas linhas e cores 

Dias alegres , Dias de sol 

Dias tristes, Dias de chuva 

Musicas transformação de notas musicais em cores 

A vida como um Rio que vai fluindo através de cada cor de cada linha 

A vida em movimento 

Movimento retrato 

Uma forma de deixar o tempo fluir 

O fluir da vida transformada em cores 

**Maria do Rosário**

**Maria do Rosário**

Maria, como Nossa Senhora,

Rosário, como uma rosa.

Pequena em tamanho,

Mas enorme em coragem.

Dona do gato Mimi

E de uma voz doce,

Ela gostava de cantar “Beijinho Doce”.

Proprietária de um aparelho de rádio,

Que às quatro da manhã já tocava uma moda sertaneja.

Nascida em Laranjeiras do Sul,

Cidade de céu azul,

Filha de um senhor polonês.

Branquinha e magrinha,

Era conhecida como Dona Pequenina.

Costurava vestidos de faixinha

Para suas pequenas filhas,

E o céu azul tinha a suavidade de sua voz doce,

Do “Beijinho Doce”.

Acompanhada pela sanfona do marido, Jorge,

Notas suaves preenchiam o ar,

Enquanto o café sempre quentinho

Descansava no bule azul.

Um dia, Maria do Rosário se foi…

Comendo uma maçã.

Eu não a conheci,

Mas sua história passa de geração para geração.

Esta história poderia estar escrita

Em um papel de carta bem bonito.