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**Carta para o Papai Noel*

**Carta para o Papai Noel**

Querido Papai Noel,

Este ano foi difícil, e sinto que não me comporte tão bem.

Fiquei pensando no que pedir, e talvez, no fundo, eu só queira meu pai de volta.

Mas sei que o senhor não tem esse poder.

Quem sabe eu gostaria de reviver os Natais da minha infância?

Queria voltar a ser aquela menina do vestido azul, mas sem a timidez que me acompanhava.

Talvez eu quisesse ser aquela adolescente da blusa rosa, mas com um pouco menos de nervosismo.

Quem sabe eu gostaria de ganhar uma boneca, ou aqueles objetos tecnológicos que meu pai me dava, enquanto eu mal sonhava com uma pulseirinha da moda.

Seria maravilhoso ter uma bicicleta rosa, para andar como quando eu era criança.

E, claro, um cachorro, desta vez um macho, mas espero que não me expulsem de casa por isso (risos).

Ah, e sobre o cachorro Cavalier que meu pai me prometeu, será que ele poderia me mandar um do céu?

Talvez um gatinho, quem sabe com olhos azuis e pelos ruivos.

Ou um outro bichinho, menos uma tartaruga, pois tenho medo delas, e também não gosto de passarinho preso.

Já sei! Quero a Barbie astronauta, ou, quem sabe, a Barbie da Frida? É um sonho antigo, mas nunca a encontro para comprar.

Por fim, quero que a Ti  tenha muita saúde, Papai Noel ..sei que este ano um anjinho já deu um jeitinho. Agradeça a ele por mim, Papai Noel! E, foram duas vezes, Papai Noel.

Já que não é possível trazer meu pai de volta, se der, eu só gostaria de mandar uma mensagem de WhatsApp para ele. Lá no céu tem Wi-Fi?

Mas, de qualquer forma, Papai Noel, obrigada por mais um ano. Afinal, cheguei até aqui… um pouco diferente, mas cheguei. Isso é o que importa no final das contas, não é?”

imagem feita com inteligência artificial

Aniversário da Nenê

Reflexões sobre a Aniversário da Nenê e o Impacto da Amizade Canina**

O aniversário da Nenê, minha cachorrinha adorada, é sempre um momento especial que, este ano, foi ainda mais marcante com a celebração no tema de festa junina. Ao olhar as fotos desse dia, não consigo evitar a reflexão sobre como a sua presença transformou

minha vida para melhor, trazendo alegria, amor e uma infinidade de memórias.
Nenê chegou na minha vida em um momento em que precisava de companhia…

Desde o primeiro dia, sua energia contagiante e olhar amoroso me conquistaram. Não apenas um animal de estimação, mas uma verdadeira amiga, capaz de entender meus sentimentos e sempre presente nos momentos difíceis.

Sua lealdade e compreensão são qualidades que me ensinaram sobre a verdadeira amizade, mostrando que a conexão com um ser vivo pode ter um impacto profundo em nossa jornada pessoal.

O tema da festa junina não poderia ser mais adequado para a celebração deste amor. As cores vibrantes, as danças e a comida típica remetem a momentos de confraternização, fazendo ecoar a essência que a Nenê traz à minha vida.

As festividades estavam repletas de elementos juninos: bandeirinhas enfeitavam o ambiente,
.A valiosa lição que a Nenê me ensinou é que a verdadeira felicidade não reside em grandes eventos, mas sim nas pequenas coisas: um abraço, uma brincadeira, um olhar cúmplice.

Refletindo sobre o impacto da Nenê em minha vida, percebo que, além de ser uma fonte incondicional de amor, ela me ensinou sobre responsabilidade, empatia e a importância de estar presente.

Aprendi que cada vida tem um propósito e que a conexão com os outros – sejam humanos

ou animais – é fundamental para o nosso bem-estar emocional.

Em suma, o aniversário da Nenê deste ano foi, mais uma vez, uma celebração não só de

sua vida, mas também do que representa para mim e para todos ao nosso redor. A

combinação de festa junina com a presença dela destaca o quanto seres próximos a nós podem enriquecer nossas vidas de maneiras inimagináveis, transformando momentos

simples em eternas memórias. Agradeço todos os dias por ter a Nenê ao meu lado, e,

enquanto celebramos sua vida, reitero o laço inquebrantável que formamos juntos.

 

Estrelas não há por hoje

**Estou aqui a olhar o mar.**

Ele vem e vai.

Estrelas não há por hoje,

apenas algumas luzes a brilhar lá no fundo,

dos navios que esperam para entrar no porto.

A vida segue no ritmo das ondas.

Fico aqui pensando nas vidas que se foram,

especialmente nesta semana.

Artistas jovens com uma carreira pela frente.

Confesso que pouco sei do sertanejo atual;

pouco escutei, mas me entristece ver uma menina tão jovem

se tornando estrela. Dizem que ela era a rainha da sofrência.

Eu também sabia bem pouco sobre Jaider Esbell até outro dia,

mas, há um tempo, venho prestando mais atenção na arte indígena.

Não sou estudiosa do assunto, mas sou admiradora.

É uma arte tão brasileira, tão rica.

Confesso que comecei a seguir Esbell há pouco tempo,

depois do início da Bienal. Assisti às lives dele,

e um dia ele começou a me seguir no Instagram.

Para mim, isso foi melhor que ter 500 mil seguidores!

Fiquei feliz por um artista que admiro ter me seguido.

Esta semana, ele também se tornou estrela.

Ainda perdemos um grande músico e uma das damas da dança,

que me ajudou tanto no meu TCC.de fotografia

O que fica disso tudo é o amor à arte.

A arte nunca morre;

fica a certeza de que a vida é uma onda.

Enquanto escrevo, o mar vai e volta:

horas calmo, horas agitado.

Estrelas agora não há, já amanheceu;

brilha o sol, e o céu azul ao fundo.

A vida está aqui, e é para agora.

Hoje é dia 10 de setembro!

**Amanhã é dia 11 de setembro.**

Amanhã…

Hoje é dia 10 de setembro!

Se alguém me perguntasse o que eu estava fazendo no dia 11 de setembro há vinte anos,

eu saberia responder. Mas, se me perguntassem sobre o dia 10 de setembro daquele

mesmo ano, também saberia! Lembro até da roupa que estava usando, graças à minha

memória fotográfica.

Estava no aniversário da minha avó, em uma pizzaria de Moema.

Os anos se passaram, mas a mesma pizzaria continuou fazendo parte da minha vida.

Hoje, sei que não terá pizza nem bolo, mas espero que este texto chegue a ela de alguma forma.

Vale a pena uma homenagem! Minha avó me ensinou a escrever, confeccionou uma

roupinha de bailarina para mim e me ensinou a apreciar café, groselha e biscoito de

maisena. Tem coisa melhor que isso? Obrigada, vó! Da sua única neta menina. (Está faltando meninas nesta família!)

Eu estava aguardando o dia 10 para escrever, expressar-me através de cada palavra e lembrar que, de alguma forma, continuo aqui!

Setembro Amarelo

# Setembro Amarelo

Uma ilustração inspirada em Edward Hopper.

( Ontem tive uma assistente a minha cachorrinha )
Qualquer hora vou ensiná-la a pintar…

Bom, voltando ao assunto!

Sempre faço uma ilustração para o Setembro Amarelo e fico refletindo sobre a importância de cuidar da saúde mental.

Em 2014, eu enfrentava crises de ansiedade que me levaram a parar no hospital.

Desde então, muita coisa mudou: nunca mais deixei de fazer terapia e até procurei ajuda médica.

Acredito que é fundamental falar sobre esse tema. Já vi meninas jovens tirarem a própria vida, o que considero extremamente triste.

Por isso, faça terapia e sempre procure ajuda. A terapia é vida, como diz uma cantora que admiro muito.

Atualmente, tenho uma excelente psicóloga, @psi.kafioravante, e uma ótima médica.

Decidi escrever e desenhar sobre isso porque considero o assunto muito importante.

Infelizmente, na pandemia, o número de suicídios e casos de ansiedade e depressão aumentou.

O Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria.

**Era uma vez uma infância**

**Era uma vez uma infância**

Era uma vez uma infância que ficou registrada na memória, entre o pé de amora e o

parquinho de pedras brancas.

Por onde passava a minha bicicleta rosa, havia espaço para correr.

Mas eu não sabia correr… e ainda não sei.

No entanto, sabia voar.

Voava na minha imaginação, pedalando pelas pedras brancas com a bicicleta rosa.

Neste final de semana, tentei correr novamente no parquinho de pedras brancas,

acompanhada de um cachorrinho de plástico perdido – uma cena que parecia ter saído de

um quadro de Edward Hopper.

Um cachorrinho de plástico, da nova geração, os atuais habitantes do meu parquinho da infância,

que neste final de semana tinha novos pequenos:

os pequeninos da tia Abi – ou melhor, agora tia Gabi.

Ainda não sei correr,

mas sei voar na imaginação.

E foi como se um dia valesse por um ano inteiro.

Não importa se a pandemia nos separou;

a ligação sempre estará lá,

com os meus pequenos habitantes do parquinho e do meu coração.

Como foi bom balançar com vocês!

Ops, a tia Gabi não entra na balança,

Ela ainda gosta  bicicleta rosa.

Ela ainda não sabe correr,

mas sabe voar na imaginação com vocês.

Sabe sobre o pé de amora, sobre dinossauros e sobre Legos coloridos.

E sabe amar e voar!

 

**Histórias bordadas de maneira poética, linhas que escrevem o tempo e o coração em uma garrafa.**

**Histórias bordadas de maneira poética, linhas que escrevem o tempo e o coração em uma garrafa.**

O medo, que se transforma; o tempo, que ensina. Com sua delicadeza, tece cores novas.

Desafios surgem, perdas que se tornam saudades, ponto a ponto, na história.

As estrelas, desenhos no céu, são inspiração e reflexão. O tempo nos oferece

ensinamentos: o ciclo da vida — nascer, crescer, morrer — e o momento de contemplar as

estrelas que sempre brilham.

O tempo de viver da criança se expressa em curiosidades, buscando novas possibilidades

para transformar a dor de maneira poética. É o resgate da criança ferida dentro de nós, que

se transforma e borda novas cores. O vermelho do coração continua a bater, o ritmo da

vida é feito de momentos de medo, dor e descoberta.

O mundo é visto pela janela com um olhar assustado, onde as cores nem sempre são

alegres. Buscar o bordado da vida sem medo, com tons vibrantes, é essencial. Essa jornada

é um encontro consigo mesma e com o outro. As estrelas nos ensinam, com seu brilho, que

a jornada pode ser bordada e escrita de forma iluminada — um brilho que nunca se apaga,

que nos ensina a deixar os medos para trás e seguir em frente, bordando o novo no brilho

das estrelas e no bater do coração.

Aniversário

**Era uma vez…**

Era uma vez uma menina que nasceu muito pequena, com os olhinhos azuis, iguais aos do

avô. Ela sempre gostou de cor-de-rosa, de piscina e de pintar. Sonhava em ser bailarina,

mas acabou se tornando artista. O pezinho um pouco para dentro não ajudava muito, mas

quem disse que ela desistiu? Hoje, aos 40 anos, faz ballet. A piscina foi a companhia de

uma vida inteira, assim como suas cores.

Hoje, ela brinca de colorir o mundo, mesmo em tempos difíceis. Um dia é rosa, no outro é

azul. Para seu aniversário, presenteou a si mesma com uma imagem de Nossa Senhora de

Nazaré, pedindo proteção para seus passos. Mas por que o bolo do Frozen?

Podia ser um bolo de bailarina ou todo colorido, como uma pintura, por exemplo! Mas

escolheu o Frozen porque a história da princesa com os olhos azuis é uma mensagem de

superação. Em tempos difíceis, isso representa uma forma de acreditar na esperança, na

expectativa de dias melhores. Foi também uma maneira de agradecer.

Agradecer pela vida…

Pelos 40 anos…

Por uma história bordada com cada cor e com cada dor.

Que venham mais 40 anos!

Que venham dias melhores…

texto escrito no dia do meu aniversário de 40 anos ….