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A vida, efêmera

A vida, efêmera por essência, foi sempre permeada pela preocupação paterna em evitar

minha tristeza. Há quinze dias, em uma ligação marcada por lágrimas, eu expressava meu

desalento sem conseguir articular claramente meus pensamentos. Do outro lado da linha,

meu pai, pacientemente escutava : “Fale com calma, pare de chorar.” Revelava então meu

medo de solidão; ele prometeu visitar no final de semana para o lançamento do meu livro.

A memória mais vívida que guardo é nossa última conversa presencial no dia do evento,

rindo juntos ao discutir sobre minha coleção de bonecas Barbie e RBD – um sonho infantil

realizado. Ele sempre me viu como sua menina pequena, mesmo que

subconscientemente. Aquela conversa reiterou minha dualidade: uma escritora e artista

plástica com exposições  ainda encantada por bonecas. O colar de pomba que ganhei em

um aniversário e as bonecas Frozen que ele me presenteou continuam a fazer companhia

em meu quarto e alimentam minhas fantasias criativas. Mesmo após o 4 de julho, quando

perdi um pouco da luz  da infância com o falecimento do meu pai , continuo a abraçar a

simplicidade dos novos sonhos e a pureza de estar rodeada por minhas cachorrinhas. Este

relato foi elaborado durante uma sessão de escrita terapêutica; reflete não apenas uma

perda, mas a persistente influência paterna em minha jornada pessoal e criativa.

Dificuldades na expressão do afeto em português.

“No mundo de hoje, as pessoas são muito proficientes em matemática, no entanto, muitas

vezes apresentam dificuldades na expressão do afeto em português. Elas dominam os

números, mas podem encontrar desafios ao tentar transmitir o sentimento de amor

através das palavras. Por mais simples que pareça, a palavra ‘amor’ contém apenas quatro

letras, no entanto, alguns indivíduos estão mais familiarizados com dígitos do que com a

verdadeira essência e significado dessa palavra.”

Exposição 20 de novembro

Reflexões sobre a Exposição do Dia da Consciência Negra: Uma Celebração da Diversidade Cultural e Artística …..

No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, somos convidados a refletir sobre a

importância da cultura afro-brasileira e suas contribuições inestimáveis para a sociedade.

A exposição em questão destaca essa riqueza por meio de uma vibrante paleta de cores e

diversas linhas, utilizando a arte como linguagem para celebrar a data

bailarinas, músicos, ginastas olímpicas ou jornalistas, todos esses protagonistas se entrelaçam em uma narrativa que reverbera resistência, histórica

A música brasileira, outro foco da exposição, destaca a influência de artistas que carregam em suas vozes a história e a resistência do povo negro. Nomes como  Elza Soares e  são celebrados

A presença das ginastas olímpicas na exposição também desempenha um papel crucial. Elas representam um fenômeno de superação e força, simbolizando a determinação de

os jornalistas negros que compõem a exposição são fundamentais para a narrativa que busca dar voz a quem frequentemente é silenciado.

Em suma, a exposição do Dia da Consciência Negra é uma poderosa celebração da diversidade cultural brasileira. As bailarinas, músicos, ginastas e jornalistas nos lembram que, por trás das cores e formas, existe uma rica história de luta e resiliência. Que possamos levar essas reflexões para além do dia 20 de novembro, reconhecendo e celebrando a influência e a importância da cultura afro-brasileira todos os dias.

Exposição Rita Lee – Rio de Janeiro

**Reflexões sobre a Exposição em Homenagem a Rita: Uma Conexão Pessoal e Cultural**

A arte tem o poder de transcender barreiras temporais e espaciais, capaz de unir diferentes

gerações e experiências. A exposição em homenagem a Rita, realizada No Rio de Janeiro ,

especificamente na Vila Mariana, é uma manifestação dessa capacidade. Ao contemplar as

obras que celebram essa figura emblemática da nova cena cultural brasileira, não posso

deixar de refletir sobre as conexões que surgem em minha vida e na história da minha

família. Rita não é apenas uma artista admirada, mas também um símbolo de resistência e

inovação, assim como minha tia, que, à sua maneira, também teve que se adaptar e brilhar

em uma sociedade muitas vezes conservadora.

Rita Lee, a artista homenageada, é uma mulher à frente do seu tempo. Com seus cabelos

ruivos, sua carreira emblemática e sua atitude desafiadora, ela representa uma era de

mudanças e libertação. Rita personifica uma liberdade que muitos de nós aspiramos e, em

suas músicas, encontramos ecos das nossas próprias lutas e conquistas. Minha ti , uma

grande fã de Rita, sempre fala com paixão sobre suas músicas e letras que a tocaram

profundamente ao longo dos anos. Essa admiração compartilhada não é apenas uma

questão de gosto musical; é uma conexão emocional que liga gerações.

Ao observar as obras na exposição, sinto que Rita, com sua presença marcante, acaba por

se tornar um espelho que reflete a essência da minha tia. Ambas possuem cabelos ruivos

vibrantes que se destacam em multidões, mas, mais importante, ambas compartilham

uma visão que desafiou normas e expectativas. Minha tia, um ícone da elegância e da

autenticidade, sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, abraçando novas ideias e

perspectivas. É fascinante como essas duas figuras se entrelaçam em minha mente,

formando uma narrativa rica e significativa.

A exposição não é apenas uma homenagem a Rita Lee, mas também uma celebração das

mulheres que se recusaram a se conformar. Nela, observei peças que capturaram a

essência da artista: suas batalhas, sua vulnerabilidade e seu desmedido amor pela

liberdade. Cada obra ressoava com as histórias que minha tia me contava sobre como a

música de Rita a inspirou durante momentos desafiadores. Assim, a exposição não apenas

reverbera a importância de Rita no cenário cultural brasileiro, mas também destaca a

influência que ela teve em minha tia e, indiretamente, em mim.

A arte tem a capacidade de evocar memórias e sentimentos que, de outro modo, poderiam

ser esquecidos. Ao percorrer a exposição, olhei para cada obra como se estivesse

descobrindo novas camadas da história da minha tia. A arte tem esse poder: ela nos

conecta, nos transporta e nos faz refletir sobre nossas próprias vidas e experiências.

Em conclusão, a exposição em homenagem a Rita é uma celebração dupla — não apenas

de uma artista icônica, mas também da relação intrínseca que temos com aqueles que nos

rodeiam. Ao reverenciar Rita Lee, homenageamos também todas as mulheres corajosas,

como minha tia, que, com suas vivências e desafios, moldaram nossa herança cultural. É

uma jornada que nos lembra da importância de honrar aquelas que inspiram e abrem

caminhos para futuras gerações, sempre à frente do seu tempo.

 

Exposição- Pomar

Exposição no centro cultural dos correios do Rio de janeiro convite da Pomar ( clinica pomar ) professoras Angela e Marcia costa

Bailarinas bordadas na meia calça do Ballet

O balé, arte que transcende a dança, é um espaço onde sonhos se entrelaçam com a

realidade. Meias-calças utilizadas nas aulas de ballet, embora simples em sua essência,

carregam em si um mundo de histórias, aspirações e a magia do movimento. Ao refletir

sobre uma exposição de bailarinas bordadas nessas meias, recordo-me da menina que

sonhou em dançar, que via as meias não apenas como acessórios, mas como portadoras de suas esperanças.

Cada meia-calça que cruzei durante as minhas aulas  possui um significado profundo.

Lembro-me das primeiras meias calças que vesti, rosas e delicadas, símbolo da inocência e

da expectativa de crescimento. Eram as meias da menina que sonhava em fazer balé,

ansiando por cada passo que a levasse mais próximo de seu grande sonho. Com o passar

do tempo, essas meias se tornaram tela para meu entusiasmo e, posteriormente, para meu

trabalho artístico, onde o bordado se transforma numa nova forma de expressão.
A proposta da exposição, apresentando bailarinas bordadas nas meias-calças, redefine a

relação entre o objeto e a artista. Cada bordado é uma expressão única de sentimentos,

memórias e experiências vividas. Utilizando a técnica do bordado, as meias transformam-

se em narrativas visuais que dançam aos olhos de quem as observa. Os fios entrelaçam-se

como passos coreografados, criando uma simbiose perfeita entre arte e movimento. A

cada fio puxado, uma nova história é contada.

Esta exposição evoca a ideia de que o balé não é apenas uma prática, mas uma forma de

arte que envolve medo, coragem, dedicação e, principalmente, a busca pela perfeição. Os

bordados nas meias calças são reflexos das emoções que a dança provoca: a alegria de

uma pirueta bem executada, a tristeza de um dia difícil e a esperança de dias melhores.

Cada detalhe do bordado traz à tona a complexidade da experiência de ser bailarina,

transformando o mais cotidiano dos acessórios em uma poderosa obra de arte.

Além disso, o conceito de imortalizar esses momentos em forma de arte se revela

essencial. As meias, que um dia estiveram afixadas a pés sonhadores, ganham uma nova vida.

O bordado perpetua a memória da dança, fazendo com que as emoções vividas em cada

aula sejam eternizadas em tecido. Torna-se uma maneira de honrar o passado, ao mesmo tempo que se projeta para o futuro — uma relação cíclica, onde o que foi vivido é transformado em arte.

Assim, ao admirar as bailarinas bordadas expostas, somos convidados a refletir não apenas sobre a técnica de dança, mas sobre a jornada emocional que a acompanha.

Essas meias-calças, aparentemente simples, tornam-se vasos para sonhos e realizações,

expressões que quase dançam diante de nós. A arte do bordado abre um diálogo profundo

entre o espectador e o artista, convidando todos a revisitar suas próprias memórias e

experiências, ressoando com a essência do balé que, assim como a vida, é uma dança

constante entre o sonho e o real.

Em suma, a exposição é uma celebração da beleza do balé e a força da arte em nos conectar com nossas próprias histórias.

As meias da menina que sonhou em dançar, agora bordadas, são herdeiras dessa paixão eterna, ecoando a mensagem de que todo passo dado é um passo de amor à arte.

 

 

Exposição Rita Lee – SP

Um Pouquinho da Exposição de Rita Lee: Reflexões sobre a Originalidade e a Rebeldia

Em agosto de 2023, a estação Campo Belo do Metrô de São Paulo se transformou em um

verdadeiro santuário da cultura pop, ao receber a exposição “Um Pouquinho” em

homenagem à icônica Rita Lee. Esta artista, marcada por sua ousadia e inovação, tornou-

se um símbolo de rebeldia e autenticidade, não apenas na música, mas na forma como

viveu e se apresentou ao mundo. Ao refletir sobre essa experiência, não posso deixar de

lembrar da minha tia, uma mulher que, assim como Rita, sempre foi à frente de seu tempo,

com seu cabelo ainda ruivos  e uma personalidade vibrante que encantava a todos ao seu redor.

A exposição “Um Pouquinho” não apenas reverenciou o legado de Rita Lee, mas também ofereceu um espaço para a interação e a descoberta. Era possível ver de perto artefatos,

ilustrações e bordados  que narravam a trajetória da artista, desde o começo na banda Tutti Frutti até seu triunfante percurso solo.

Cada peça exposta contava uma história de inovação e resistência, destacando não apenas sua música, mas sua postura desafiadora diante das convenções sociais.

Rita sempre desafiou o que era esperado de uma mulher no cenário musical, e essa exibição trouxe à tona essa luta silenciosa que muitas mulheres enfrentam.

Particularmente emocionante foi a conexão que pude estabelecer entre Rita e minha tia. Ambas, com cabelos ruivos  que simbolizavam sabedoria e vivências, compartilhavam um espírito indomável.

A cor rosa-choque que perpassava a exposição refletia essa essência: uma explosão de cor e personalidade que destoa do cinza da monotonia.

A ligação entre a arte de Rita Lee e a trajetória pessoal de minha tia ressoa com força.

Ambas foram pioneiras em seus próprios domínios, e a exposição serviu como um

lembrete de que a individualidade deve ser celebrada. As paletas de cores, as referências

culturais e a ousadia palpável nas instalações capturaram a essência do que significa ser

fiel a si mesmo, mesmo quando isso significa nadar contra a corrente.

Ao percorrer os corredores da exposição, eu me vi pensando na importância de criar

espaços onde vozes diversas possam ser ouvidas e celebradas. Rita Lee, com sua

autenticidade, não apenas influenciou gerações de músicos, mas também empoderou

pessoas a abraçar suas singularidades. Assim, a homenagem a essa artista transcendeu a

música; tornou-se um manifesto por todas as “ovelhas negras” que, em suas pequenas ou

grandes revoluções diárias, desafiam as normas e buscam um espaço ao sol.

Encerrando minha visita, ficou claro que “Um Pouquinho” não era apenas uma

homenagem a Rita Lee, mas um convite para que todos nós exploremos nossas próprias identidades e aventuras.

O espírito livre da artista ecoou em cada canto, lembrando que, assim como minha tia,

todos temos o poder de moldar nossa própria narrativa. A exposição fez com que eu saísse

não apenas celebrando uma artista, mas refletindo sobre a riqueza de ser único e a

coragem que isso exige em um mundo que muitas vezes tenta nos uniformizar.

    

Aniversário da Nenê

Reflexões sobre a Aniversário da Nenê e o Impacto da Amizade Canina**

O aniversário da Nenê, minha cachorrinha adorada, é sempre um momento especial que, este ano, foi ainda mais marcante com a celebração no tema de festa junina. Ao olhar as fotos desse dia, não consigo evitar a reflexão sobre como a sua presença transformou

minha vida para melhor, trazendo alegria, amor e uma infinidade de memórias.
Nenê chegou na minha vida em um momento em que precisava de companhia…

Desde o primeiro dia, sua energia contagiante e olhar amoroso me conquistaram. Não apenas um animal de estimação, mas uma verdadeira amiga, capaz de entender meus sentimentos e sempre presente nos momentos difíceis.

Sua lealdade e compreensão são qualidades que me ensinaram sobre a verdadeira amizade, mostrando que a conexão com um ser vivo pode ter um impacto profundo em nossa jornada pessoal.

O tema da festa junina não poderia ser mais adequado para a celebração deste amor. As cores vibrantes, as danças e a comida típica remetem a momentos de confraternização, fazendo ecoar a essência que a Nenê traz à minha vida.

As festividades estavam repletas de elementos juninos: bandeirinhas enfeitavam o ambiente,
.A valiosa lição que a Nenê me ensinou é que a verdadeira felicidade não reside em grandes eventos, mas sim nas pequenas coisas: um abraço, uma brincadeira, um olhar cúmplice.

Refletindo sobre o impacto da Nenê em minha vida, percebo que, além de ser uma fonte incondicional de amor, ela me ensinou sobre responsabilidade, empatia e a importância de estar presente.

Aprendi que cada vida tem um propósito e que a conexão com os outros – sejam humanos

ou animais – é fundamental para o nosso bem-estar emocional.

Em suma, o aniversário da Nenê deste ano foi, mais uma vez, uma celebração não só de

sua vida, mas também do que representa para mim e para todos ao nosso redor. A

combinação de festa junina com a presença dela destaca o quanto seres próximos a nós podem enriquecer nossas vidas de maneiras inimagináveis, transformando momentos

simples em eternas memórias. Agradeço todos os dias por ter a Nenê ao meu lado, e,

enquanto celebramos sua vida, reitero o laço inquebrantável que formamos juntos.

 

**Corpo que somos e história que vivemos**

Corpo que somos e história que vivemos

**Corpo que somos e história que vivemos**
**O corpo e o olhar**

O corpo é proteção.

É o que nos resguarda do mal.

Para mim, o corpo é o movimento no espaço:

O corpo que dança entre um plié e outro,

O corpo que pinta entre o rosa e o azul,

O corpo que cria arte quase o tempo todo.

O corpo que nasceu um pouco molinho, com hipotonia muscular, mas sempre aprendeu a superar limites.

Se não era possível dançar balé, era possível pintar; nadar como uma sereia nas piscinas da vida;

Inventar mil brincadeiras com as bonecas no chão.

Sempre o chão, a construção do espaço.

Pintar quase com o corpo inteiro no chão,

A bicicleta rodando no térreo do prédio, com a sua cestinha.

O corpo que hoje dança balé, mas já dançou jazz e dança do ventre;

Que já nadou em todos os estilos;

E que aprende uma cor nova a cada dia.

O corpo e a arte;

As memórias da infância,

As memórias da menina-mulher que busca movimentos pelas cores da vida…

texto e colagem feitos na  aula da pós