Texto escrito em julho de 2024….
“Todo mundo sabe que sempre gostei de escrever. Para mim, escrever é uma forma de ir
além,além de mim mesma. Nunca havia escrito um texto sobre meu pai, talvez porque
precisasse de tempo para colocar as palavras no papel. Hoje, surgiu em mim a vontade de
escrever, e então me perguntei: o que escrever? Lembrei da penúltima conversa que tive
com ele, já que a última foi sobre minha nova cachorrinha! Sim, nossos assuntos variavam,
desde questões sérias até se a cachorrinha estava devidamente coberta contra o frio. Às
vezes, eu interrompia a conversa, dizendo: “espera um pouco, sua neta quer subir na
cama”. Acho que, no final, ele se acostumou a ser “avô de cachorrinho”, pois, ao meu lado,
era assim que teria netos, rs!
A penúltima conversa foi, como sempre, sobre ballet e natação. Sempre fui apaixonada
por ballet, enquanto meu pai achava que eu deveria levar a natação mais a sério!
Ele queria uma nadadora, e eu desejava ser bailarina.
Por mais incrível que pareça, no final do ano passado, ele foi me ver dançar e disse que
achou bonito! E quanto à natação? Pai, essa semana não consegui ir nem à natação nem
ao ballet, mas juro que voltarei a nadar e a dançar. Agora, não tenho mais ninguém para
discordar se a natação é melhor que o ballet ou vice-versa.
Fiz um desenho de quando era criança, na piscina, vestida de bailarina. Sentirei saudades
das nossas pequenas teimosias!”